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  • Mariana Bricio

Dias quase perfeitos

Tenho refletido muito sobre o quão adoecidos estamos de "velocidade".


A paciência virou artigo raro. Cada vez mais estamos imersos em um funcionamento de "ouroboros". A serpente ou o dragão que mordem a própria cauda, em uma espiral infinita.


Estamos perdendo a conexão com o tempo. Com a lentidão, a quietude e o silêncio. O tédio é sentido e vivido como um terror de aniquilação. Ninguém pode parar.


Por perceber tanto disto na clínica, converso muito com os pacientes sobre esta tomada de consciência e para sermos lembrados de que precisamos fazer o exercício constante de resgate desta conexão com o tempo. Com a demora dos processos e da própria vida.


Quando chego para trabalhar me forço a olhar pela janela alguns minutos. A vista compensa.


Há quanto tempo você não olha pela janela?


Fica a indicação de um perfil e um filme 🎥


"Dias Perfeitos" do Wim Wenders. Tem sido "dever de casa" na clínica. Um filme que não me sai da cabeça e que vem de encontro a muito do que trabalho na vida e com os pacientes.


E a dica de um perfil que vou deixar nos stories e que me faz parar e receber uma lufada de ar nesta Internet tão acelerada. Serve de janela e de vista.

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